O filme constrói na fé do Santo e na luta do Guerreiro os símbolos de esperança, justiça e libertação do povo, recorrentes na cultura nordestina do cordel. Lutam por caminhos que se bifurcam mas que, ao fim e ao cabo, serão resgatados pelas ações que fortalecem a humanidade de sua gente até os dias de hoje. A construção fílmica se dá enquanto rememoram suas vidas na barca de Caronte ao atravessar para a margem dos mortos perante o Anjo, que sinaliza remissão dos pecados, e o Demônio, que disputa as duas almas. O Guerreiro se reporta às suas andanças e aos atos praticados pelo bando no sertão sem lei; o Santo rememora a peleja para construir uma vida libertária e farta, até o extermínio ordenado pelos detentores da lei. Temática imorredoura como heróis no imaginário popular, contextualizam o meio em que viveram e continuam inspirando a expressão do cordel escrito e cantado em acalorados encontros de poetas e cantadores pelas feiras e noites estreladas do sertão.